quinta-feira, 28 de maio de 2009

36! Ai, ai, ai..

terça-feira, 26 de maio de 2009

Presente do Papai do céu



Mais uma sementinha a caminho.
Presente do cosmos para um casal tão do bem.
Nem sei quem é mais sortudo! Os pais ou o bebê.
Só sei que já sou a melhor tia que ele tem..rsrsrs
Brincadeira, Flá, a tia Morcega é shoooow!! rsrs

A animação é visível. E a choradeira também foi.
Cada um assume um novo papel e o encantamento é inevitável.
O amor por este SER já é uma verdade.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Feliz, feliz, feliz :)
Pena que por enquanto só posso me expressar assim.
PARABÉNS PRA NÓS!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

...E eu te olhando sem te ver

Amigo presente diariamente por anos e anos.
E eu fingindo que não te via, apesar de adorar suas piadas fora de hora e seu jeito de ajeitar os óculos.

No meio de toda aquela confusão você sempre atento aos meus gestos. Cochichava com quem estava ao lado, balançando a cabeça em minha direção...e logo depois esse alguém se pronunciava começando sempre com: “Hoje a Cá está..... Vocês repararam?”. Meu olhar de reprovação encerrava o assunto.

Mas de nada adiantava, você nunca desistiu. Dizia que quando eu aprovasse tal brincadeira, não teria mais graça. Que ver minha cara de contrariada era
um motivo para roubar um abraço de “desculpas” nos corredores meio aquela zona de intervalo.

Ali todo dia... e eu te olhando sem te ver.
Agora você está longe e ao mesmo tempo tão perto. Como pode?
É...essa mania estúpida de escolher “dormir com o inimigo” tendo alguém como você por perto.
Hoje te olho, te vejo e gosto muito do que vejo.

Volta logo.
49! :)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Não posso ser o Seu Chico

Fui apresentada ao Seu Chico.
Senhor de pouco mais de 60 anos que aparenta pelo menos uma década a mais.
Morador de algum cafundó nordestino, patriarca de uma família grande...
Seu Chico trabalha na roça. Seus filhos também.
Seu Chico acorda, toma um pouco de café ralo que é reforçado com um pouco de farinha.
Despede-se de “sua véia” e sai com seus filhos a caminho da roça.
No trajeto passos lentos... Conversam, brincam, brigam, ficam quietos...
Trabalha até às 11 horas, para, almoça, depois tira um cochilo recostado embaixo de uma árvore. Mantém as costas ereta apoiada no tronco. Diz que assim é mais fácil para a “comida descer”. Abaixa o boné fazendo sombra em seus olhos, o vento suave se faz presente e o sono vem.
O cochilo é breve e logo estão todos na lida novamente.
Seu Chico e seus filhos ficam concentrados no trabalho de cortar cana.
Quando o sol sinaliza sua despedida, Seu Chico anuncia que está na hora de ir para casa.
Caminha em passos lentos, brinca de adivinhar os pássaros que cruzam seu caminho, para e observa o curso do rio, encontra conhecidos e acena com a cabeça.
Chega em casa e sente o cheiro da pouca, porém suficiente comida que será servida.
Toma banho com poucos fios de água e sabão de coco.
Logo está na cozinha vestindo um trapo que cheira a sol de varal.
Senta-se, toma uma pinguinha para “matar os bichos” e janta rodeado por sua família.
Seu Chico, quando termina, vai para a frente da casa e senta numa “banquetola”.
Pouco depois chega “sua véia” e começam a fazer cestas, aquelas de palha.
Seu Chico coloca a prosa em dia e por vezes amigos se sentam por lá.
O céu estrelado e a lua já alta são os sinais de que é preciso se recolher.
Seu Chico antes de deitar, segura um terço e diz palavras indecifráveis.
Seu Chico dorme e horas depois já sente-se o cheiro do café ralo.
Seu Chico levanta...

Fiquei encantada pelo Seu Chico, por sua rotina que tem passos lentos, pássaros, descanso no pé da árvore... Quase pude sentir o gosto da pinga no final do dia...
No auge do encantamento veio a pergunta: Você gostaria de ser o Seu Chico??
Senti lágrimas nos olhos... Disse não!

Me martirizei. Gostaria que meu mundo se resumisse ao mundo do Seu Chico, mas não dá.
Conheço além... e pago o preço. Tenho noção do quão alto é.
Não posso ser o Seu Chico e nunca poderei.
Seu Chico é feliz. Essa não é uma conclusão minha, é dele.

“Num preciso de nada além do que tenho. Já você, tem muito além do que precisa e mesmo assim está sempre preocupada. Você não presta atenção nos caminhos, não vê o céu estrelado, não senta sem pressa na calçada, não conversa com as pessoas... Tudo o que preciso não está à venda”.

Penso no Seu Chico todos os dias.
E, por vezes, reconheço um pouco do Seu Chico em algumas pessoas e aí as quero perto.
Em noites de céu “aberto” coloco a cabeça para fora e me estico toda para tentar ver uma estrela no céu.

Quando encontro, agradeço ao Seu Chico pela valiosa lição.